segunda-feira, fevereiro 7

Entrevista BANGGURU

Os Bangguru são um projecto nacional que editou recentemente o EP Bangtopia pela netlabel alemã iDEOLOGY. Hoje vamos ficar a conhece-los um pouco melhor.


DL - Para começar falem-me um pouco sobre quem são os Bangguru, nomes, de onde são, à quanto tempo hesitem, as apresentações iniciais.

BG - Bem os BANGGURU são: João Pico, Marisa Fortes e João Hora, recém-chegado...
Se bem que o projecto se mantém aberto a várias colaborações, no momento em que escrevo, estas são as pessoas que o integram. Os BANGGURU começaram com a minha saída (João Pico) dos Ghost in the Machine, em Setembro de 2003.
Após a saída, e tinha feito grande parte dos temas de Ghost, comecei a trabalhar num projecto, electrónico, em formato canção. Durante cerca de 3 meses, fiz algumas audições, onde se realçou a Marisa Fortes. Como também já tinha participado em algumas coisas com Ghost in the Machine, já nos conhecíamos previamente...
O João Hora surge à pouco tempo com a necessidade de ter alguém que perceba e opere bem as maquinas (samplers, Software)... para espectáculos ao vivo.

João Pico . produção e composição
Marisa Fortes . Voz e Letras
João Hora . som e director de espectáculo


DL - O vosso EP Bangtopia é editado na iDEOLOGY, como surgiu o contacto e o que os levou a editar numa netlabel alemã?

BG - Foi muito simples. O contacto surgiu depois de termos contactado várias net labels. Por ser um tipo de edição que nos interessa, para testar o possível álbum. Depois de termos visto várias propostas de várias editoras de net, aceitamos editar pela iDEOLOGY, pois pareceu-nos uma editora justa que gosta daquilo que edita e que respeita os músicos.
O nosso site no soundclick foi uma boa rampa de lançamento, pois sem ele não tínhamos conseguido mostrar a música de BANGGURU a tanta gente em tão pouco tempo.


DL
- Ao ouvir a vossa música senti uma quantidade de sensações e sentimentos que não me são normal acontecer com projectos nacionais, a verdade seja dita, também não há muitos projectos a explorar o vosso género de sonoridade, mas a mistura de sons e, principalmente, de estilos que conseguiram obter neste trabalho, mexeu realmente comigo, atreveria mesmo dizer que será o pop do futuro, e não muito longe. Concordam comigo?

BG - Bem, quem pode concordar contigo, são os ouvidos de quem nos ouve. Agradecemos o elogio, mas não nos cabe a nós rotularmos a música que fazemos. Apenas fazemos música que gostamos, com um leque de influências muito alargado.


DL
- Esta parece uma pergunta de algibeira, uma daquelas clássicas, mas tem que ser feita para tentar perceber de onde vem este vosso estilo. Que músicas é que ouvem habitualmente e que bandas vos “inspiram”?

BG - Variadíssimas bandas, vários tipos de som. Somos muito ecléticos, ouvimos desde jazz, clássica, world music, pop, dance, electrónica... Podemos deixar alguns nomes que ouvimos mais, como portishead, morcheeba, gold frap, U2... sei lá... tantos.


DL
- Agora com este trabalho editado, que planos tem para os próximos tempos?

BG - Bem este trabalho está ainda semi-editado, ainda não está num CD físico, que vamos procurar fazer e acabar antes de Abril de 2005. Para já vamos produzir o nosso álbum, imprimir umas quantas copias, e se for em edição de autor, tentar vender em fnacs ou onde nos quiserem... :)


DL
- A finalizar, pelo menos por enquanto, o que pensão da cena netlabels?

BG - Pode ser uma grande revolução, e a tábua de salvação para pequenas bandas emergentes, que queiram divulgar a sua música, e não queiram ganhar dinheiro com a música. As grandes Editoras , as major, estão a despedir pessoal, e estão com muita dificuldade em vender os seus CD’s. Toda gente hoje em dia tem CD’s gravados das bandas que gosta. Além disso não é possível continuar com o preço dos CD’s, e com IVA de 19% em cima.


Os Bangguru são um projecto , que como o João diz, “... aberto, e fazemos questão de fazer várias permutas, e trocas de ideias com músicos, vocalistas, letristas...”, e o resultado já se nota, convidaram várias bandas a remisturarem as suas músicas e já tem no site dois remix, um de uma banda da Polónia e outro de um projecto Alemão. Já agora, a versão dub já ocupa o 2º lugar do chart do soundclick.

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